E aqui estou eu de novo, desfeita em pedaços bem pequenos, como uma folha seca caída de uma árvore em pleno Outono..E a graça é que estamos na Primavera.
Estranho percurso percorreu o meu coração para depois de desfazer, ao mesmo tempo que o meu corpo também se vai decompondo.
Ainda estou viva ? O meu corpo está tão pesado e eu sinto-me a cair constantemente, como se tivesse pequenos e rápidos desmaios, em que acordo antes de chegar ao chão.
Quem diria..aquela Mulher orgulhosa que sempre se protegia, aprendeu uma lição: Nunca confiar.
As pessoas fazem-se a si mesmas e o que demonstram primeiramente..isso é lá com elas, não significa que o que estão a transparecer seja a pura e sincera verdade.
Estilhaços e estilhaços de vidro ainda cortam. No fundo, até aquele bocado de pano, que alguém amável colocou à volta do nosso dedo que sangrava, corta.
O mundo é tão triste, as pessoas são más. Quem diria que eu o voltaria a ver desta maneira, de novo.
Acordar, levantar, deitar, todos os dias..o que é que haverá de doce nesta vida..