Era uma vez... Ele e ela.
Ela trepava árvores em dias primaverais...Ela treparia qualquer coisa por ele..
Ás vezes ele odiava-a.
Quando estavam juntos tudo era abundante..o Presente era..muito muito bom, o Futuro era cintilante.
Ela dizia que iria ficar para sempre com ele ( e continuava a dizer e a dizer..) .
Eles estavam bem.
Tinham descoberto o lugar mais parecido com o paraíso: O barulho não entrava, nada os alcançava..tinham descoberto a cola que mantinha tudo perfeitamente unido.
Eles estavam incondicionalmente unidos ali.
Temos a nossa vida na palma da mão...e então ? Não fazemos nada quando estamos num cruzamento cheio de caminhos ?
( My Love...) ela faria qualquer coisa por ele.
Existia uma linha invisível que juntava tudo o que deveria permanecer junto.. sempre..
Mas não oferecia a força para eles se manterem conectados..eles tinham que lutar. ( Eles lutam um pelo o outro sempre ).
Ela carregava o coração dele..carregava-o no coração dela.
Sem o toque dele a pele dela gelava, o sangue congelava e por vezes..o coração de pedra dela..deixava que o dele quase partisse. Ela fez com que o coração dela parasse..para manter o dele a salvo.
O céu ficou negro, a chuva no Verão não era mais morna, o vento cortava a pele..a carne..
As noites eram demasiado longas e os dias..os dias nem existiam.
O mundo perdia a cor quando não estavam nos braços um do outro.
Pequenos rastos de luz entravam pela janela, percorriam os lençóis na cama dela, queimavam-lhe a pele quando a alcançavam ali..sozinha..Doía-lhe a alma e ninguém estava ali para a guiar para fora daquela luz que tanto a cegava..
Nada fazia sentido.
Sem ele nada fazia definitivamente sentido.
Anjos com asas puramente brancas caíam do céu..ele estava ali com ela..Finalmente.
Ela descodificava tudo nele, não dá para esconder.
Ela arrepia-se só de o ouvir...arrepia-se com tudo o que lhe pertence.. ela treme só de ouvir o nome dele.
Pequenos pássaros negros percorriam o céu agora azul..Um contraste perfeito..
O mundo deles estava tão completo agora.
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